Foi desta forma que o candidato Paulo Rosa, apresentou a sua lista e projecto, às eleições no Sp. Covilhã. “Isto não é uma guerra com ninguém. São apenas duas filosofias diferentes de trabalho. Os sócios que não se deixem enganar”.
Com o lema “Unir pelo Futuro do Sporting Clube da Covilhã”, foi numa sala cheia, com cerca de 130 sócios presentes no “Hotel Pura Lã”, que Paulo Rosa, ex-vice-presidente da direção de José Mendes (pediu demissão em janeiro último), “devido à quebra de confiança institucional dos meus colegas de direção e por não me rever no projecto que estava a ser seguido pelo clube, após a doença do nosso presidente, decidi demitir-se e não abandonar, pois nunca abandonei nenhum projecto na minha vida desportiva e social, e o meu passado fala por mim. Ninguém questionou a minha saída ou me pediu para reconsiderar. Lá saberão porquê. Não quero lavar roupa suja, mas, se for necessário, tenho a minha máquina pronta para a lavar”, disse no decorrer da apresentação de todos os elementos da lista.
Com um misto de experiência e juventude na lista candidata, Paulo Rosa explanou todos os pontos do seu programa eleitoral e que “será realizado na totalidade. Tudo isto é para realizar nos próximos três anos de mandato, caso sejamos eleitos. Se assim não for, numa futura assembleia geral, os sócios terão todo o direito de questionar-nos porque não fizemos”.
Em conversa com os jornalistas, o candidato abordou ao pormenor todos os temas que apresentou aos sócios.
Vamos aos destaques:
Contando com a participação nos órgãos sociais de sócios que eram e são contra a constituição de uma SAD no clube, Paulo Rosa, mudou de opinião, aceitou o repto dos elementos que convidou e vai manter a SDUQ (Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas), mas com a possibilidade de abrir as portas a investidores privados, “com capitais privados, com entrada de, no máximo de 45% das acções, no capital social do Clube/SDUQ, ficando o clube, sempre, como sócio maioritário, isto é, com os restantes 55%. Este modelo prevê a entrada, para já, de uma verba de €50 a 80 mil euros, no capital social”. Disse.
Mas existe ainda outra possibilidade. ” Como a lei alterou, existe uma outra possibilidade, através de um conjunto de investidores da região, já identificados, que irão contribuir com um determinado valor para o projecto, que não será um empréstimo, pelo contrário, as verbas são exclusivamente para o clube. No entanto, isso não invalida que eles sejam ressarcidos à posteriori, com base numa percentagem a definir, nas mais-valias de vendas de activos, quer sejam jogadores ou treinadores. Esta é, uma forma diferente, mas melhor, uma vez que os sócios nunca vão perder o clube, e todo e qualquer investidor terá que passar sempre por uma assembleia geral do clube”. Afirmou Paulo Rosa, já em entrevista à comunicação social.
Tudo isto vem contradizer o que tinha sido aprovado em março de 2023 (criação da SAD), onde o clube ficaria apenas com 10% de acções, sendo os restantes 80% destinados a investidores privados.
Questionado pela RCB, sobre possíveis alterações na equipa e no treinador, caso vença as eleições, Paulo Rosa não quis avançar pormenores. “Não tenho nenhum treinador contratado, não falei ainda com Francisco Chaló, nem com jogadores, nem com potenciais reforços. Também não confirmo Tarantini como sendo o futuro treinador. Nada. José Santos será o director para o futebol, profissional e só depois, se vencermos as eleições, é que falaremos sobre tudo isso. Vamos respeitar o clube até ao último momento, ou seja, até o campeonato acabar. Iremos confirmar tudo isso no momento certo”, frisou.
Entre os grandes objetivos para o clube, caso vença as eleições, o candidato destacou a criação da Equipa B para a época 2024-25 e a criação também de uma equipa sénior de futebol feminino, onde a Academia de Formação, a sua construção, na vila da Boidobra, está decidido assim, isto é, no mesmo lugar, com algumas alterações, mas já existe acordo nesse sentido com a CMC e UBI, são objetivos para o decorrer do mandato e concluir as obras de dois relvados sintéticos no local”. Garantiu o candidato.
Quanto à estrutura do futebol de formação, Paulo Rosa garantiu que “ninguém será despedido, vincando que apenas quero exigência e controlo no trabalho. Para os profissionais do Sporting Clube da Covilhã, não tenham medo, porque não vão ser despedidos. Nós respeitamos o trabalho e os profissionais acima de tudo. Só queremos bons profissionais, exigência e controlo no trabalho”, salientou.
O candidato à presidência do Sporting da Covilhã garantiu também que, caso seja eleito, irá fazer uma intervenção rápida no relvado do estádio, e quanto às obras na bancada do Santos Pinto, sublinhou que “já deveriam estar concluídas há muito tempo, mas há aqui situações contraditórias. Pedimos determinados dados que não nos foram fornecidos e, portanto, estamos a trabalhar um bocado às cegas”, disse.
Outra das metas passa pela iniciativa: “Campanha de 1000 novos sócios”, na qual a lista se compromete a angariar este número de associados até ao final do mandato, nomeadamente, através de um protocolo entre o clube e as Juntas de Freguesias do concelho da Covilhã, para além de querer convidar as antigas glórias do clube a serem embaixadores na região e no país, “casos de António Real que está na minha lista, César Brito, Nando, entre outros”. Disse.
Relativamente à sede social e a criação do museu do clube, estes, são outros dos objetivos de Paulo Rosa, caso vença as eleições. O museu, por exemplo, ficará na área social do clube (actual sede) e a nova sede, poderá ficar junto ao centro da cidade, mas ainda não há local.
No que diz respeito ao futebol profissional. Paulo Rosa, não faz promessas, mas sublinhou o desejo de que o clube regresse à Liga 2 até ao final do mandato.
“Não podemos prometer a subida de divisão, porque é uma promessa utópica, o que posso deixar claro é que vamos trabalhar para ter a melhor equipa e subir de divisão”, disse.
Paulo Rosa reforçou, no final, que “estas eleições não são uma guerra contra ninguém, mas sim um confronto entre duas filosofias completamente diferentes: a continuação do que tem sido o Sporting da Covilhã ou a mudança. A mudança que nós protagonizamos e que todos, de alguma forma, há muito reclamam”. Concluiu.
As eleições estão marcadas para 24 de maio e as urnas irão funcionar entre as 10h00 e as 21h00.
O prazo de entrega de listas finaliza dia 17 de maio, às 18h, na sede social.
Os associados vão eleger os novos órgãos sociais, para o triénio 2024-27.
Paulo Ribeiro e Marco Gabriel, são candidatos à MAG e CF, respectivamente.
Na direção, o destaque vai, entre outros, para a presenças de Frederico Dias(ex-treinador de formação do clube, UD Belmonte e Ág. Moradal, equipas seniores), António Real (ex-jogador do SCC), Vitor Mota (ex-presidente da MAG da Casa do SL Benfica na Covilhã) e Pedro Bernardo (suplente – ex-presidente da AAUBI).
Na Assembleia Geral, destaque para as presenças de Carlos Cruz (sócio nº 1), Afonso Gomes (ex-presidente da AAUBI e actual responsável pela Associação/Claque Alma Serrana 6200), e duas senhoras: Juliana Leitão (ex-dirigente e funcionária do clube) e Márcia Poeta (ex-líder da claque Leões da Serra).
No Conselho Fiscal e Disciplinar, o destaque vai para toda a equipa, que pela primeira vez, se candidata ao clube serrano.