Com golos de Gonçalo Costa (6′), Dener (47′), Carlinhos (49′) e Rildo (79′), os algarvios venceram na Covilhã, por 4-1, e seguem em frente para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
Resultado tão justo, quanto eficaz. Apesar das más condições climatéricas, muita chuva e frio, mas com um bom relvado, a equipa da I Liga, orientada por Paulo Sérgio, soube respeitar o Sp. Covilhã (dois escalões abaixo – Liga 3) e mesmo com algumas alterações no onze, jogaram bem, defenderam com qualidade, erraram muito pouco e conseguiram marcar cedo, nas duas partes do jogo, o que ajudou bastante, já para não falar de actuar com mais uma unidade em campo (Adams foi expulso com cartão vermelho directo aos 28’ do primeiro tempo). Aliado a tudo isso, a eficácia atacante.
O Portimonense marcou quatro golos, até poderia ter marcado mais em contra-ataque, apesar do conjunto serrano ter dado muita luta, onde também mostrou qualidade a espaços, combatividade e competitividade, e nunca deixou de espreitar o ataque e de tentar apontar golos. Após a expulsão, Alex Costa viu-se obrigado a mexer na equipa. Tirou João Vasco e colocou na defesa Vasco Coelho, deixando Elijah sozinho na frente de ataque, onde aos 45’ teve uma situação de golo clara. Rematou forte à entrada da área e obrigou o guardião contrário a defender para canto, apesar de ter Mário Borges e Bruninho, com possibilidade também de marcar. O calcanhar de Aquiles serrano foi na defesa. Sofrer três golos aos 6’ 47 e 49’, foi terrível para os leões da serra. Os verdes e brancos da Covilhã, abanaram, mas não caíram. Reergueram-se e com as substituições efectuadas pelo técnico, melhorou e teve, antes do golo apontado por Diogo Ferreira (88′), mais duas possibilidades de reduzir o score, ambas por intermédio de Mário Borges, minutos 65’ e 75’, respectivamente, mas o mal já estava feito. Num jogo combativo e bem disputado, venceu a equipa mais forte (parabéns aos vencedores), mas com uma grande réplica do Sp. Covilhã (honra aos vencidos).
A equipa serrana saiu com dignidade da competição (o distrito de Castelo Branco deixou de ter representantes na Taça de Portugal 2023-24), lutou pela vitória, tudo fez para o conseguir, mas a expulsão, também “traiu” o conjunto de Alex Costa. Sinal mais para João Traquina (falhou apenas no 1º golo), Tiago Moreira, Gildo e Casagrande. Agora “baterias” apontadas para o campeonato e para os próximos dois jogos em casa, dia 28 de outubro e 05 de novembro, com Caldas e Pêro Pinheiro (relatos na RCB), onde aí sim, é obrigatório vencer. Arbitragem globalmente positiva de Gustavo Correia da AF Porto.
No que diz respeito aos treinadores, no dia em que a Covilhã festejou 153 anos como cidade, e o clube ofereceu uma camisola oficial ao jovem covilhanense Guilherme Dias (sócio 3000), o treinador serrano Alex Costa, na sala de imprensa do estádio Santos Pinto, começou por dar os parabéns à cidade.” Antes de mais agradecer à nossa massa associativa o apoio que deu à equipa durante os 90′, mesmo com mau tempo, num dia especial para a cidade, frente a uma boa equipa da I Liga, infelizmente não alcançamos o resultado que queríamos, que era a vitória. O Portimonense foi mais forte, é um justo vencedor, sofremos golos muito cedo, erramos, mas reagimos bem a espaços e criamos algumas oportunidades, apesar da expulsão. Saímos da Taça com dignidade, mas ganhamos uma equipa para a Liga 3″.
Quanto a Paulo Sérgio, o treinador do Portimonense reconhece que ” não há que embandeirar em arco, com absolutamente nada. É óbvio que fizemos os golos e portanto capitalizamos os momentos do jogo, onde foi importante marcar cedo nas duas partes, e depois acontece a expulsão do jogador do Covilhã, onde nós interpretamos mais bem do que mal o jogo e vencemos com inteira justiça, apesar do valor do adversário mesmo com 10. Estou satisfeito por passar à fase seguinte da prova. Mas atenção, se o adversário mantivesse os onze jogadores em campo, seria com certeza mais difícil para nós, disso também não tenho dúvidas”.