Susana Sousa, de 41 anos de idade, foi atacada a 6 de janeiro de 2022 na sua própria casa pelo ex-companheiro, Igor N., na altura com 25 anos. A vítima morreu nove meses mais tarde na sequência dos ferimentos sofridos.
Quando ainda mantinham uma relação, a vítima já tinha sido agredida e ameaçada de morte pelo arguido. Aos juízes, Igor N. disse que nunca quis matar a ex-namorada.
“A barbaridade das agressões, o instrumento (machado) usado na perpretação das agressões; as partes do corpo atingidas (o crânio e a face); a violência das agressões, isto é, a força aplicada ao machado/malho, evidentemente aliado ao seu peso e envergadura, bem como a multiplicidade dos golpes (x4) são as evidências mais acabadas de que o arguido agiu com a intenção de tirar a vida”, referem os magistrados no acórdão.
Acrescentam ainda que, para cometer o crime, o arguido arrombou a porta da habitação de Susana Sousa, tendo fugido do local no carro da ex-namorada sem prestar auxílio e ligado a uma amiga desta a “anunciar” que a iria matar.
O Tribunal de Castelo Branco condenou o indivíduo a 21 anos de prisão por homicídio qualificado, furto e violência doméstica, ficando ainda incumbido de pagar 205 mil euros aos três filhos que Susana Sousa deixou; cerca de 860 euros ao Hospital da Covilhã e 50 mil euros ao Centro Hospitalar de Coimbra.
Igor N. pode recorrer da decisão, mas continua a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.