“Nós não tínhamos nenhuma referência, optámos por fazer uma obra, com três metros de altura, onde está bem espelhada toda a entidade da nossa aldeia.” Refere o presidente da Junta de Freguesia do Telhado.
O autarca recorda que na década de 60/70 do século passado, havia cerca de 60 oleiros no ativo na freguesia, “depois da emigração foram embora, não houve passagem de testemunho e acabámos no zero.”
A peça e o trabalho que tem vindo a ser feito pela junta de freguesia, segundo Paulo Marques, tenta recuperar essa identidade.
“Aos poucos, com a abertura da Casa do Barro, estamos a renovar toda essa identidade e agora, com uma entrada que o Telhado tem, a cântara, que é o nosso símbolo, ficará sempre bem representada.”
A peça foi feita como se de um puzzle se tratasse, “porque é impossível haver um forno com capacidade para cozer uma cântara com três metros” e, à volta estão gravados os nomes de todos os oleiros da aldeia.
Para além deste monumento, no dia 22 de junho, serão ainda inaugurados dois fornos comunitários que foram recuperados, em dois largos da aldeia. O Telhado passa, assim a ter outros motivos de visita.
“A Casa do Barro, que neste momento é a casa, da rede de casas do concelho do Fundão, com mais visitas, a cântara e vamos ter os fornos que vão ser inaugurados no dia 22 de junho.”
A recuperação dos dois fornos representou um investimento de 90 mil euros. Quanto à cântara, na última reunião pública do executivo fundanense foi aprovado, por unanimidade, um contrato programa a celebrar com a junta de freguesia do Telhado, no valor próximo dos 3 mil euros.