A união de sindicatos de Castelo Branco afirma, em comunicado, que vai endurecer as acções de luta, caso a comunidade intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e os seus autarcas “não repuserem a redução do preço dos passes dos transportes públicos” ao abrigo do programa de apoio à redução tarifária.
De acordo com aquela estrutura sindical, os ministérios das finanças e do ambiente, em despacho conjunto, determinaram um reforço extraordinário do financiamento dos serviços públicos de transporte de passageiros, o que “significa a transferência de mais um milhão e 200 mil para a CIM das Beiras e Serra da Estrela”.
A união de sindicatos acrescenta que esse valor é destinado “a financiar as empresas e não os utentes dos transportes públicos de passageiros”, afirmando que “o governo e a CIM” vão “ampliar o esbulho que está a ser feito aos utentes de transportes públicos do Interior já que o PART se destina ao financiamento da redução tarifária e o PROTransP serve para o financiamento das empresas de transportes públicos”.
A USCB considera que esta situação “é mais um atentado ao orçamento das famílias” e exige que a totalidade da verba seja direccionada “para a redução do preço dos passes dos transportes públicos nos concelhos por si abrangidos”, recordando que em reunião com o presidente da CIM, Luís Tadeu afirmou que “os valores que estão a ser dados às empresas eram suficientes”.
Para a união de sindicatos “é imoral que este reforço de verbas seja novamente canalizado para as empresas” pelo que a CIM deve “passar a ter os valores que recebe normalmente disponíveis e utilizá-los para financiar os passes dos transportes públicos”.
Neste comunicado, a USCB interroga se este pacote financeiro extraordinário “já faz parte do plano de mobilidade que foi prometido pelo governo” garantindo que se a situação não for alterada vai levar esta luta “até às últimas consequências”, admitindo que “caso não seja reposta a redução do preço dos passes, a luta vai endurecer”.