A união de sindicatos de Castelo Branco anuncia, em comunicado, que não vai marcar presença na reunião pública da câmara da Covilhã que está agendada para a próxima sexta-feira. Em causa o aumento do preço dos transportes públicos no município. A decisão é anunciada em comunicado pela estrutura sindical depois de ter reunido esta quarta-feira com Vítor Pereira.
Na sequência da reunião com o presidente da câmara da Covilhã, a união de sindicatos refere que o facto de o município assumir os custos provocados pelo descongelamento da taxa de actualização tarifária dos transportes vem confirmar “o que já tinha sido transmitido em vários contactos telefónicos estabelecidos durante o mês de Janeiro, o que demonstra que o diálogo e a acção responsável da união de sindicatos foi decisiva para este desfecho, não dando por isso o direito, a quem quer que seja, a reclamar para si um resultado que não lhe pertence”.
A união de sindicatos agradece a todos os subscritores do abaixo assinado que estava a ser dinamizado para contestar o valor dos aumentos, assim como à união de freguesias da Covilhã e do Canhoso, ao PCP e ao Bloco de Esquerda “que tomaram posição e se solidarizaram com a nossa intervenção”.
Apesar de valorizar a acção do município, a união de sindicatos afirma que esta situação “realça a critica sustentada ao contrato de concessão dos transportes públicos da Covilhã e não escamoteia que o município, ou seja todos os cidadãos, vão ter de suportar uma transferência financeira para a «Transdev» que não se justifica e que vai fazer falta para outras necessidades da população.
A estrutura sindical garante que não vai parar a luta e continua a exigir “a redução do preço dos passes sociais na Covilhã e na região das Beiras e Serra da Estrela”, anunciando que em breve pretende levar por diante um conjunto de acções junto da CIM para que “se aplique no território a mesma redução tarifária que foi implementada nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, na Beira Baixa, em Trás-os-Montes, no Alentejo e na região do Oeste”.