“Quantas tragédias serão necessárias para que as autoridades tomem medidas concretas?”. A pergunta é efetuada pela eleita do movimento “Renascer Vale de Prazeres e Mata da Rainha”, na noite em que as chamas destruíram parcialmente uma habitação unifamiliar naquela freguesia do concelho do Fundão.
Em nota enviada aos órgãos de comunicação social, Ana Correia refere que um dos aspectos mais preocupantes da ocorrência desta noite “foi a inoperância das bocas de incêndio. Relatos indicam que muitas não tinham água ou exigiam chaves especiais para serem abertas, o que atrasou o combate às chamas. Esta situação não é nova e já foi reportada em outros incêndios, onde a falta de pressão da água e falhas no sistema de distribuição dificultaram o trabalho dos bombeiros”, frisa
Para a eleita do movimento Renascer Vale Prazeres e Mata da Rainha na Assembleia de Freguesia, em Vale de Prazeres, a falta de manutenção e a negligência na preparação para emergências são evidentes. “A pergunta que fica é: quantas tragédias serão necessárias para que as autoridades tomem medidas concretas?”.
A comunidade local manifestou solidariedade para com a família afetada, mas também expressou indignação perante a falta de ação das entidades responsáveis. “Isto não é destino, é negligência”, afirma Ana Correia, que acrescenta “a culpa, infelizmente, parece morrer solteira, enquanto a população continua indefesa perante as adversidades”.
Para a autarca na Assembleia de Freguesia de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, é imperativo que as autoridades locais revejam os protocolos de prevenção e combate a incêndios, garantindo que as bocas de incêndio estejam operacionais e que os meios de resposta sejam eficazes. “A segurança das populações não pode continuar a ser negligenciada”.