Em entrevista ao programa “Flagrante Direto” da RCB, António Quelhas, que termina o seu primeiro mandato à frente da ADACB, diz que a experiência foi “excelente”, que pretende continuar a dar o seu contributo na direção, mas os associados merecem “um presidente mais presente.”
António Quelhas confirma que está a ser preparada uma lista que terá, pela primeira vez uma mulher, indo ao encontro da transição a que a associação está a assistir ao nível do perfil dos associados “temos cada vez gente mais nova, mulheres e muita gente estrangeira, de outras nacionalidades”.
A maioria, dos cerca de três mil associados, é, no entanto, “o agricultor sénior, que tem uma pequena propriedade e faz alguma agricultura de subsistência, eventualmente, com algum excedente que coloca na Praça. Mas, tem vindo a evoluir o perfil dos nossos associados.”
Em entrevista à RCB, António Quelhas faz uma avaliação negativa da última campanha agrícola, “correu tudo mal”. Além das medidas de apoio aos agricultores terem começado mais tarde, o nível de dificuldade de acesso aumentou, “para lhe dar um exemplo, uma candidatura que demorava duas horas a fazer, este ano, houve agricultores que tiveram de se deslocar à Associação duas e três vezes porque não havia resposta.”
Uma situação agravada pela dificuldade de acesso aos organismos de decisão, “cada vez mais é difícil aceder à entidade responsável, porque não há serviços de proximidade, está tudo desmaterializado”.
António Quelhas, sobre a última campanha em que a ADACB elaborou mais de um milhar de candidaturas que correspondem, aproximadamente, a 3 milhões de euros, “uma injeção de recursos, todos os anos, que faz a diferença.”