Actualmente com 36 anos de idade, o árbitro assistente decidiu guardar o apito, após 18 anos de actividade. O juiz despediu-se dos campos de futebol no passado sábado, no jogo de Juniores “A”, CA Fundão – Vit. Sernache.
Flávio Antunes, fazia parte da equipa liderada por Tiago Gonçalves, tendo como colega assistente, João Nina, árbitros do quadro da AF Castelo Branco.
Tudo começou em novembro de 2007, no jogo, Belmonte – Sp. Covilhã, em Iniciados.
Natural da freguesia da Erada (concelho da Covilhã), Flávio Antunes, esteve três épocas ligado aos quadros da FP Futebol, na Categoria 3 Avançado, em 2014-15 e 2017-18, e Categoria AAC2 (Liga Portugal), na época 2022-23 (ponto alto da carreira).
Com o final de carreira, o ex-árbitro vai agora colaborar com o conselho regional de arbitragem AFCB, como observador e ficar ligado à formação de novos árbitros no distrito.
O conselho de arbitragem da AF Castelo Branco e NAFA (Núcleo de Árbitros de Futebol Albicastrenses), homenagearam, Flávio Antunes no último fim de semana.
Em declarações à RCB, esta terça-feira, o ex-árbitro, na hora da despedida, começa por agradecer.
“A primeira palavra é gratidão. São muitos anos, são muitas horas, é muito tempo longe da família, mas é uma missão de dever cumprido. Foram muitos treinos, muitos jogos, muitas aventuras, muitos Kilometros na estrada, mas o sentimento é de missão, ter ajudado muitos colegas, onde ficou espelhado no passado fim de semana, com a adesão de muitos colegas meus presentes, no meu último jogo, que durante estes anos todos partilharam os campos comigo e nada mais gratificante, do que neste momento, não é de despedida, mas, de mudança de funções, poder contar com o apoio deles. É sinal que deixamos algum legado, deixamos um sinal que fizemos bem as coisas. Fiz muitas amizades, dentro dos balneários, com colegas, jogadores, treinadores, dirigentes e presidentes e até mesmo jornalistas, com quem tive oportunidade de lidar e partilhar o campo, muitos amigos e sem dúvida, isso vai marcar-me muito, neste primeiros tempos. Foram 18 anos, é muito tempo. Não estou arrependido de nada. Estou de consciência tranquila. Penso que tive uma carreira de sucesso. Só tenho pena de não ter ido para árbitro mais cedo, só fui aos 17 anos”. Disse.
Fica uma mensagem para todos via RCB.
“Acima de tudo, a mensagem é para todos os agentes desportivos, futebol e futsal. Pensem antes de agir muitas vezes. A violência não leva a lado nenhum, mesmo sabendo que muitas das decisões tomadas não são do nosso agrado, mas os árbitros também são humanos, como os jogadores, treinadores e dirigentes, também erram. Por isso, penso que deve haver mais fair-play, mais entreajuda e união entre todos os agentes, pois só assim, todos podemos melhorar, para todos poderem ter sucesso. Para além disso, quero também, agora publicamente, através da RCB, agradecer, em primeiro lugar à AF Castelo Branco, por todo o apoio que tem dado aos árbitros, em particular ao presidente Eusébio do conselho de arbitragem e ao Filipe Fajardo, também. A todos os árbitros que passaram e partilharam comigo todos estes anos, deixo uma palavra de força para continuarem, tal como para aqueles que estão agora na função, jovens e menos jovens. Por último, relativamente ao NAFA, agradecer a homenagem que me fez também no passado fim de semana, tal como o conselho de arbitragem. É importante o NAFA estar de mãos dadas com a associação de futebol e com os árbitros, pois só assim, em conjunto, conseguimos ser mais fortes. O sucesso de cada um, será o sucesso de todos, a nível regional e nacional”. Conclui Flávio Antunes à RCB.
Flávio Antunes, entre outras funções, foi treinador dos Benjamins do SCC/UBI, técnico e coordenador de futsal da AC Alcaria.
Entretanto, começou no passado sábado, 25 de outubro, na sede da AF Castelo Branco, o curso de árbitros 2025-26, com a participação de cerca de 20 candidatos.














