O auditório das sessões solenes da universidade da Beira Interior foi pequeno para acolher todos aqueles a que assistiram à última aula de Manuel Santos Silva. O professor catedrático da faculdade de engenharia e reitor da UBI entre 1996 e 2009 passou em retrospectiva a vida que passou ligada à academia e onde deixou o lamento por alguns dos projectos lançados durante os seus mandatos ainda hoje não estarem concretizados.
O actual reitor da UBI, Mário Raposo, que foi vice reitor nos mandatos de Manuel Santos Silva entre 1996 e 2009, destaca uma personalidade que sempre trabalhou em prol da instituição e do seu desenvolvimento “é alguém que trabalhou para criar, comentar e desenvolver a UBI. Manuel Santos Silva deixou a sua marca como docente na sua faculdade de engenharia mas não confinou o seu trabalho ao departamento pois foi desde o início um obreiro da construção da nossa UBI. Foi o reitor que assumiu activamente os processos de desenvolvimento da nossa universidade e que contribuiu para definir um caminho de afirmação progressiva da nossa instituição. Que grande sonho ter sido durante grande parte da sua vida o timoneiro da UBI e que hoje, todos os dias, mostra sinais de grande projecção, vigor e de uma vontade de vencer cada vez maior”.
Já o actual presidente da faculdade de engenharia, Mário Freire, destaca que a UBI deve saber honrar e dar continuidade à herança deixada por Manuel Santos Silva “durante o seu percurso académico fez obra reconhecida e por isso hoje importa aqui dizer-lhe que valeu a pena a vida que dedicou à instituição. Deixou-nos uma marca impressiva porque transformou a universidade não só ao nível do edificado, mas principalmente ao nível dos recursos humanos, na formação do corpo docente e na consolidação do corpo dos funcionários não docentes. Mas também na criação e na afirmação de novas áreas do conhecimento que não existiam na UBI e que vão desde a engenharia têxtil até à medicina. Foi a partir da marca que deixou na universidade que estamos a construir o futuro e essa marca é a herança que hoje nos entrega”.