Os associados da adega do Fundão que entregarem as uvas na cooperativa vão receber menos pela produção do corrente ano de 2024. Os novos valores a pagar pelo quilo de uva foram aprovados, por maioria, numa assembleia-geral extraordinária onde alguns associados e dirigentes da adega manifestaram preocupação e ceticismo quanto ao futuro do organismo. Às dificuldades em escoar a produção, juntam-se os “prejuízos acumulados de 550 mil euros”, resultantes da “perda de clientes” de vinho engarrafado.
Na reunião magna ficou clara a urgência em escoar produto, profissionalizar a gestão e comercialização dos vinhos do Fundão evitando que a adega volte aos “difíceis anos de 2012 e 2013”, quando também se registaram “dificuldades”.
Oiça a informação com Dulce Gabriel (RCB)
Os avisos dos associados marcaram a assembleia-geral em que ficou a saber-se que até 30 de abril do próximo ano a adega cooperativa do Fundão deverá receber 119 mil euros da candidatura apresentada ao fundo de destilação temporária de vinho, destinado a “eliminar quantidades excedentárias de vinho reequilibrando o mercado”.
No domínio da gestão de recursos a direção da adega do Fundão garante que já “pagou 70%” do valor das uvas entregues na cooperativa na campanha das vindimas de 2023. Desconhecendo-se quando haverá disponibilidade para a pagamento dos restantes 30%. Quanto ao pagamento das uvas da presente campanha, a direção da adega, faz depender a data de pagamento “da dinâmica da entrada de dinheiro na adega”. “Sempre que há uma folga, nós cumprimos com as nossas obrigações”, garantiu à RCB o presidente da cooperativa.