Com uma taxa de execução do plano plurianual de investimentos de 44,30%, inferior a 2022 e “abaixo do inicialmente orçamentado”, a CDU lamenta que “muito do que estava programado para 2023 ficou por fazer”. Rosa Coutinho deixa alguns exemplos, como a requalificação da EN345, Ginjal Caria, a requalificação da EM570 entre Caria e Monte do Bispo, a Estação Belmonte-Inguias, a criação do parque tecnológico, a recuperação de edifícios do pavilhão multiusos, o jardim publico de Caria ou a ampliação e beneficiação da rede de águas pluviais.
Preocupante é ainda, para a eleita da CDU, o passivo total do Município de Belmonte, “superior a 12 milhões, o equivalente ao orçamento (12 Milhões 212 mil euros), manteve-se praticamente inalterado.”
Acácio Dias, do PSD, salienta o facto das contas continuarem a apresentar “sucessivamente prejuízos, não havendo equilíbrio entre as receitas e as despesas, e assim, o prejuízo apresentado é de um milhão 392 mil euros, aproximadamente o dobro do apresentado no ano transato.”
Luís António, da bancada do Partido Socialista, deixou a análise técnica do documento e diz que, do ponto de vista político, o relatório e contas vêm ao encontro da estratégia definida nas Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2023 pelo executivo que “tomou as medidas necessárias à execução dos projetos e ações previstas naqueles documentos”.
Numa Assembleia onde António Dias Rocha não falou do relatório e contas, o líder da bancada do PS veio em defesa dos documentos acrescentando que “a ação desenvolvida no ano transato se mostra em linha com os grandes objetivos traçados desde o início do mandato autárquico e que vem materializando os compromissos assumidos com a população.”
Com os votos contra da CDU e do PSD, os documentos foram aprovados por maioria, na Assembleia Municipal de Belmonte que esteve reunida esta manhã.