O “repúdio”, pela forma e pelas dificuldades que os proprietários florestais têm em aceder a apoios para a limpeza dos terrenos foi deixado por João Luís Vaz, na última Assembleia Municipal de Penamacor.
“É uma vergonha, num país tão afetado pelos incêndios, não haja, neste momento, para os proprietários que não estejam integrados numa AIGP, um apoio, um cêntimo sequer, para a limpeza da floresta, é uma vergonha, uma vergonha, uma vergonha, é inconcebível.”
Solidário com o protesto, António Beites diz que discordou, “desde a primeira hora”, com os critérios que levaram à criação das freguesias vulneráveis, “foram ao histórico das áreas ardidas e ignoraram completamente as áreas verdes, na lógica de compensar as áreas ardidas e não as áreas verdes. Este ano tivemos, outra vez, grandes incêndios e se calhar não aprendemos muito”.
O autarca penamacorense congratula-se, no entanto, pela criação da AIGP Terras do Lince – Malcata, “uma das maiores do país e com maior financiamento”. Segundo António Beites, “as coisas estão a correr muito bem e estamos numa fase de se poderem lançar procedimentos para as intervenções no terreno.”
A AIGP “Terras do Lince – Malcata” tem cerca de 5 mil hectares e abrange as freguesias de Meimão, no concelho de Penamacor, e Malcata, no concelho de Sabugal.