Mais de uma dezena de presidentes de junta do concelho do Fundão reuniram esta terça-feira, 9 de abril, na sede da união de freguesias do Fundão, com a delegação distrital da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) para conhecer as vantagens de criar Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC). O objetivo da ANAFRE Castelo Branco é chegar a 60% das freguesias até 2025.
Previstas na lei desde 2006, as Unidades Locais de Proteção Civil, integradas na estrutura municipal e presididas pelos presidentes de junta, têm como missão a coordenação e execução de ações e atividades de proteção civil de âmbito local, sobretudo na promoção de ações em matéria de prevenção e avaliação de riscos e vulnerabilidades, sensibilização e informação pública e apoio à gestão de ocorrências.
“Um bem necessário em cada freguesia”, diz o presidente da delegação distrital da ANAFRE, uma vez que “é o elo de ligação entre a freguesia e a proteção civil e todos os elementos que trabalham no âmbito da proteção civil e também no âmbito da prevenção de risco”.
O objetivo, explica Rui Amaro, é criar uma Unidade Local de Proteção Civil “em todas as freguesias do distrito de Castelo Branco”. Para isso, a distrital da ANAFRE tem reunido com presidentes das câmaras municipais, comunidades intermunicipais e presidentes de junta.
“Já passamos por alguns municípios, hoje no Fundão, dia 16 na Covilhã, dia 12 na Sertã, estamos a correr o distrito todo, estamos a falar com todos os presidentes de junta, sendo associados ou não”, disse à RCB o presidente da delegação distrital, salientando que nestas reuniões, também são oferecidos coletes identificativos a cada autarca “para que se possa identificar na altura que é preciso: quando existem incêndios e quando não existem, porque as ULPC são mais de prevenção do que de atuação”.
As reuniões que têm sido promovidas junto dos autarcas tem dado frutos. Na Sertã, Oleiros e Proença-a-Nova já existem “algumas freguesias” que já pediram a criação de ULPC às Câmaras Municipais, uma vez que tem de ser aprovada em reunião de executivo.
Agora, a ANAFRE espera que as unidades locais avancem no Fundão, Covilhã e Castelo Branco e traça o objetivo até 2025: “Se conseguirmos chegar ao fim deste mandato com 50 a 60% da área coberta ficamos muito contentes”, afirma Rui Amaro.
O dirigente esclarece que estas sessões informativas, conduzidas pelo engenheiro André Morais, é uma iniciativa da delegação de Castelo Branco, mas que “está a ser copiado já a nível das outras coordenações distritais”.
“Temos tido alguma projeção também com esta criação das UL e de incentivar que elas sejam criadas, e este último governo que saiu, ainda nas últimas decisões, também começou a ver a necessidade de incentivar as freguesias a criar as unidades locais porque sentem que são mesmo importantes, porque o presidente de junta é quem conhece o terreno, é quem sabe o que se passa na sua freguesia e portanto se ele tiver voluntários em várias áreas a trabalhar em conjunto com as câmaras e com o estado, as coisas correm melhor de certeza”, conclui Rui Amaro, em declarações à RCB depois de mais uma sessão no Fundão, onde estiveram cerca de 10 autarcas das 23 freguesias do concelho.