Cerca de 50 pessoas contribuíram no sábado, 11 de maio, para uma serra mais limpa. A 9ª edição da “Gardunha sem lixo!” teve um balanço positivo, com a recolha de centenas de quilos de resíduos em três localidades. Mesmo assim, a organização espera aumentar o número de participantes e alargar a sua intervenção nas próximas edições.
Entre as freguesias da Fatela, Alcongosta e Alpedrinha, foram recolhidas este sábado, “centenas de quilos” de lixo na paisagem protegida da Gardunha, revelou à RCB a associação dos Caminheiros da Gardunha que, só na primeira localidade reuniu “cerca de sete grandes sacos” de resíduos.
Apesar de ainda se verificar descargas ilegais de lixo na natureza, Paula Henriques, uma das responsáveis pela organização da iniciativa, refere que, desde a primeira edição, em 2015, se nota “uma maior consciência”.
“Talvez porque há mais entidades que tratam o lixo, que valorizam os resíduos, porque há pessoas mais conscientes, as próprias crianças nas escolas já educam os pais e tudo isso tem ajudado. Se olharmos para trás, quando fizemos a atividade “Limpar Portugal”, nós fomos para a Fatela e encontrámos tanto lixo que, hoje, quando olhamos para as fotos pensamos que isto era, de facto, uma calamidade”, aponta a responsável.
Numa ação conjunta com o Clube de Teatro de Alpedrinha, Grupo Cultural Recreativo e Desportivo de Alcongosta e Cova da Beira Converge, a 9º edição da “Gardunha sem lixo!” contou ao todo com “meia centena” de participantes.
Débora Rodrigues, outra das organizadoras, explica que antes da pandemia receberam “muita gente” e que, a partir daí, “já se tem notado uma adesão um bocadinho menor a este tipo de iniciativas”. Mas a associação garante “continuar a alertar as pessoas e a fazer este dia sem lixo, para sensibilizar a população”, chegando à conclusão que esta mobilização “mesmo assim, não chega”.
Este ano, e pela primeira vez, a atividade de limpeza e sensibilização foi alargada a diferentes pontos da serra da Gardunha. “Quando nós pensámos a iniciativa, a intenção era ter, pelo menos, uma associação a colaborar na parte sul, norte, este e oeste da serra”, aponta uma das responsáveis.
“Infelizmente”, diz, “as únicas respostas que tivemos foi na zona de Alpedrinha e Alcongosta”, daí que o alargamento da intervenção “depende” das coletividades que “vão continuar” a ser desafiadas pelos Caminheiros, garante Débora Rodrigues.
Promover a consciencialização para a importância do cuidado com o planeta, incentivando comportamentos mais responsáveis e ecológicos, continua a ser a missão dos Caminheiros da Gardunha nesta e noutras iniciativas da associação.