O centro hospitalar universitário da Cova da Beira deu início ao processo de implantação de cardioversores desfibrilhadores implantáveis. Tratam-se de dispositivos médicos, vulgarmente conhecidos por desfibrilhadores cardíacos, usados na prevenção da morte súbita e no tratamento de arritmias malignas.
Em comunicado, aquela unidade de saúde refere que a inauguração da unidade de pacing, em 2016, já foi possível realizar 980 procedimentos desta área, acrescentando que este tipo de cardioversores “é semelhante a um pacemaker, mas com funcionalidades adicionais e indicações específicas, desempenha um papel crucial na prevenção da morte súbita” uma vez que “monitoriza continuamente o coração, fazendo o diagnóstico e permitindo o tratamento imediato de arritmias potencialmente fatais. O dispositivo utiliza algoritmos específicos para tratar essas arritmias, e, se necessário for, aplica um choque elétrico no interior do coração”.
Para a implantação destes dispositivos no CHUCB, o serviço de cardiologia conta com uma equipa multidisciplinar, composta por um médico, enfermeiros, técnicos de cardiopneumologia e técnicos de radiologia. Após o implante, o acompanhamento é feito pela unidade de pacing em colaboração com o cardiologista assistente do utente. As consultas de seguimento podem também ser realizadas naquela unidade hospitalar e evitando deslocações para hospitais de outras zonas do país.
De acordo com o coordenador desta unidade e responsável pela introdução da técnica, este investimento “potencia a diferenciação actual do serviço de cardiologia do CHUCB”. Bruno Rodrigues destaca ainda o papel do director de serviço, “que sempre motivou a evolução de todas as técnicas no serviço e permitindo o seu crescimento sustentado”.