A biblioteca municipal de Castelo Branco acolhe na sexta-feira, 28 de abril de 2023, pelas 18:00h, a antologia organizada pelo poeta Gonçalo Salvado: “Um Corpo É Sempre Uma Chama – O Fogo e o Vinho na poesia de Eugénio de Andrade”.
No contexto das Comemorações do Centenário de Eugénio de Andrade, organizadas pela biblioteca municipal de Castelo Branco (BMCB) em colaboração com o investigador Paulo Samuel (que integra a Comissão Nacional da Comemoração do Centenário de Eugénio de Andrade) vai ser apresentada, nessa mesma biblioteca, no dia 28 de Abril de 2023, pelas 18.00 horas, a antologia organizada pelo poeta Gonçalo Salvado: “Um Corpo É Sempre Uma Chama – O Fogo e o Vinho na poesia de Eugénio de Andrade”, uma colaboração da Editora Lumen com a Livraria Sá da Costa Editora de Lisboa, em parceria com a Quinta dos Termos.
A apresentação da obra está a cargo de Paulo Samuel e de Maria João Fernandes.
“A antologia foi idealizada para celebrar o centenário de Eugénio de Andrade figura maior da poesia portuguesa do séc. XX e ligada a Castelo Branco, tendo vivido nesta cidade durante a sua infância.”, refere o autor.
Recorde-se que o lançamento desta obra ocorreu em 2022 na em Póvoa da Atalaia, concelho do Fundão, aldeia natal de Eugénio de Andrade, no dia do seu nascimento. A iniciativa foi apoiada pela câmara municipal do Fundão “constituindo-se como o primeiro evento nacional realizado no quadro da celebração do Centenário de Eugénio de Andrade”.
De acordo com os promotores da iniciativa em Castelo Branco, na próxima sexta-feira, a antologia insere-se numa coleção de poesia, única no panorama editorial português, dirigida por Gonçalo Salvado, cujas obras surgem no formato original livro/garrafa, numa união que pretende materializar a relação simbólica e milenar entre o vinho e a poesia. O editor é Ricardo Paulouro.
Esta é a primeira vez que é apresentada em Castelo Branco um número desta singular coleção.
Também na sexta-feira, 28 de abril de 2023, e no mesmo espaço (BMCB), antecedendo a apresentação da antologia, é inaugurada uma exposição bibliográfica artística e documental sobre Eugénio de Andrade, com destaque para poemas manuscritos e ilustrados pelo próprio Eugénio de Andrade que ficam expostos na biblioteca albicastrense até ao dia 6 de maio.
Gonçalo Salvado efetuará uma breve intervenção a partir da “Poesia de amor de Eugénio de Andrade”. Seguir-se-á a apresentação da antologia por Paulo Samuel e por Maria João Fernandes e a leitura de diversos poemas de Eugénio de Andrade por alguns autores de Castelo Branco e alunos do Agrupamento Nuno Álvares.
O livro que inclui uma seleção das referências ao fogo e ao vinho na poesia de Eugénio de Andrade, reproduz na capa um retrato inédito de Eugénio de Andrade realizado expressamente com esta finalidade pelo histórico designer gráfico português, o artista Dorindo de Carvalho.
Contém ainda um fac-símile de um poema manuscrito de Eugênio de Andrade oferecido pelo poeta a Gonçalo Salvado, e uma fotografia datada de 1990, da autoria de Dario Gonçalves, que regista Eugénio de Andrade junto a Gonçalo Salvado. Inclui ainda uma nota de abertura do editor, um texto do autor da antologia e uma apresentação de Maria João Fernandes.
Trata-se da primeira antologia poética reunindo os temas do fogo e o do vinho na poesia de Eugénio de Andrade, sendo também a primeira vez que a poesia “deste vulto ímpar e tutelar das nossas letras” é editada no formato singular de livro/garrafa.
Eugénio de Andrade (1923-2005) é, nas palavras de Gonçalo Salvado: “o maior poeta do amor e do erotismo da segunda metade do séc. XX em Portugal, criador de um novo e revolucionário dizer amoroso. A sua poesia, em sua maioria escrita sob o influxo de Eros não foi ainda suplantada no alvor deste novo século.” Por sua vez Maria João Fernandes afirma no seu texto de abertura da antologia: “Celebrar a poesia de Eugénio de Andrade, por ocasião do centenário do nascimento de um dos poetas maiores da língua portuguesa, é retomar a celebração da própria poesia, do seu mistério e do seu inominável fascínio, de que ele foi um dos principais protagonistas e arautos no século XX.”
