Cinquenta ex-sindicalistas da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, incluindo o antigo dirigente distrital Luís Garra, subscreveram um abaixo-assinado onde alertam para a ameaça da extrema direita e apelam ao voto na CDU.
No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de abril e que se elege mais um governo para o país, os signatários do “Apelo de 50 sindicalistas de abril”, conhecido esta segunda-feira, alertam, no documento, para as “poderosíssimas ameaças das forças da direita, incluindo a direita pró-fascista” que “não escondem as suas intenções de regresso a um passado ditatorial”.
“Dois grandes objetivos da direita são, no imediato, aprofundar o ataque aos direitos dos trabalhadores, aos sindicatos e à CGTP-IN, e enfraquecer, ou mesmo anular a existência eleitoral do PCP”, pode ler-se na missiva, assinada também pelo antigo dirigente sindical da Indústria Têxtil e Vestuário, Luís Garra.
Os sindicalistas de abril lembram ainda que sem o impulso “determinante na dinâmica progressista” dado pela “forte unidade” dos trabalhadores “comunistas, católicos, socialistas, de demais partidos e independentes” em manifestações como o 1º de maio de 1974, “não teria sido possível consagrar na Constituição de 1976 os direitos e liberdades dos trabalhadores e do Povo, a existência do Estado Social e um projeto de sociedade com valores de abril”.
É nesse sentido que os signatários do abaixo-assinado, “conscientes dos perigos dos tempos que se avizinham” apelam aos trabalhadores portugueses para apoiarem e votarem nas candidaturas inseridas na CDU – Coligação Democrática Unitária.
O “Apelo de 50 sindicalistas de abril”, lançado por Américo Nunes e José Ernesto Cartaxo esta segunda-feira e onde constam nomes como Daniel Cabrita, Carvalho da Silva, Isabel Camarinha, ou ainda Teixeira da Silva.