É a reação do secretariado da concelhia do Partido Socialista do Fundão às críticas efetuadas pelo Partido Social Democrata fundanense a propósito da aprovação da abolição das portagens na Assembleia da República.
Os socialistas dizem não aceitar “acusações infundadas de quem anda à deriva, preocupado com o dia seguinte, inseguro com a sua capacidade futura de governar no Fundão e no país”, acrescentando que “estamos e existimos para ser a casa natural de todos os Fundanenses, é para eles que trabalhamos todos os dias e para os quais estamos a construir a alternativa de mudança”.
Para o secretariado do PS do Fundão, o PSD fundanense anda à deriva no Fundão e no país “no Fundão porque acusa o PS de falta de ideias e alternativa”, quando as intervenções na câmara municipal do Fundão e assembleia municipal do Fundão “demonstram inequivocamente o contrário na sua quantidade e qualidade”, seja pela diversidade de propostas e assuntos abordados, “seja pela forma conhecedora como os vereadores e deputados municipais do PS Fundão intervêm relativamente às matérias que interessam às pessoas, na saúde, na mobilidade, nas infraestruturas e qualquer outro assunto que as Fundanenses sintam e necessitem de ser abordado”.
No mesmo sentido, refere o PS, e depois do presidente da concelhia do PSD e Vice-Presidente da câmara municipal ter reconhecido, em entrevista à RCB, o contributo qualificado dos vereadores do Partido Socialista, “só pode o mesmo andar à deriva”.
De acordo com os socialistas fundanenses, o PSD Fundão erra na assunção, “ainda que tácita”, da forma menos prestigiosa de ocupar o lugar da oposição em relação a quem ocupa o poder. Estar na oposição exige a mesma disponibilidade e idêntica responsabilidade na forma construtiva de corresponder para com as pessoas, sustentam,
“O PS, seja na Câmara Municipal ou no Governo, está confortável com este lugar, porque é nele que se pode preparar a alternativa credível, séria, abrangente e aspiracional de mudança, no Fundão e no país, que urge para devolver esperança aos cidadãos, aos locais saturados da política velha e gasta do PSD e seus protagonistas desavindos, e aos nacionais que depressa viram que esta AD é reciclagem política de ideias que foram sendo sucessivamente derrotadas no passado”, frisa o PS do Fundão.
Em relação às portagens, os socialistas recordam ao PSD a exigência pública que fez ao PS para que, nas negociações do PEC III, no ano de 2010, todas as autoestradas da interioridade onde se inclui a A23 fossem portajadas, “numa posição destruidora das potencialidades do território e das necessidades das pessoas, consumando uma injustiça absoluta que perdurou até agora” mostrando total disponibilidade para continuar a fazer este o debate sobre esta assunto. “porque foi coerente com a sua redução, porque foi coerente com a sua necessidade de abolição transmitida diferentes vezes na Assembleia Municipal do Fundão, porque entende que só um território onde a mobilidade é gratuita e de qualidade pode prosperar”, conclui.