O Comando Territorial de Castelo Branco da Guarda Nacional Republicana, desde o passado dia 3 de julho até 30 de setembro de 2023, está a realizar diversas ações de sensibilização, no sentido de reforçar a consciencialização da sociedade para a problemática do afogamento de crianças e jovens, em piscinas e em ambientes naturais.
De acordo com a GNR, ações de sensibilização incidem em espaços e locais utilizados para atividades com água, incentivando ao respeito pelas medidas de segurança na água e prevenção de afogamentos.
A Guarda anuncia ainda o reforçado do patrulhamento junto das zonas de veraneio e de ambientes naturais, dando especial enfâse aos locais não vigiados, “procurando os contactos diretos com a população e prestando esclarecimentos para a segurança das crianças na água”.
A morte por afogamento é um acontecimento rápido e silencioso. De acordo com a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), entre 2002 e 2020 ocorreram 274 afogamentos com desfecho fatal em crianças e jovens, constituindo-se as piscinas os planos de água com maior registo de afogamentos (32,5%), seguido dos rios/ribeiras/lagoas (25%) e das praias (23,7%).
Em Portugal, os afogamentos são a segunda causa de morte acidental em crianças e jovens e embora os casos de afogamento de crianças e jovens, nos últimos 20 anos, tenham diminuído de forma significativa (28 mortes e 49 internamentos em 2002, e 12 mortes e 11 internamentos em 2021), é importante olhar para além dos números, pois cada situação corresponde a uma criança que não cresceu, a uma família que ficou para sempre incompleta ou uma criança que ficou com sequelas neurológicas graves e com pouca qualidade de vida.