Na cerimónia de abertura do evento, o presidente da Câmara de Penamacor, António Beites, deixou uma palavra à família, mostrando-se disponível para criar sinergias para dar vida à casa onde nasceu Cunha Leal, que está devoluta, conforme cita o Município em comunicado.
“Desde que haja vontade de todas as partes, cá estaremos para homenagear a sua memória. Esta freguesia é pequena e humilde, mas, na sua história, de gente muito importante”.
Para o presidente da União de Freguesias de Pedrógão de São Pedro e Bemposta foi uma honra homenagear esta importante figura.
Natural daquela aldeia do concelho de Penamacor, Cunha Leal foi um militar e político português que, entre outras funções, foi presidente do Ministério de um dos governos da Primeira República Portuguesa, ministro das Finanças, deputado e reitor da Universidade de Coimbra.
Com várias obras publicadas, dirigiu os periódicos “O Século”, “A Noite” e a revista “Vida Contemporânea”. Uma obra que “não pode cair no esquecimento”, disse Daniel Cruz, o presidente da junta do Alcaide, freguesia onde Cunha Leal passou parte da sua infância.
Também presente na cerimónia, o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, afirmou que estes territórios têm uma pertença muito grande de comunidade que não renega as suas raízes, acrescentando que este dia “consolida, mas que sobretudo lança novas ideias e novos processos para a criação de um percurso cultural e pedagógico”.
Finalmente, a neta de Francisco da Cunha Leal, Teresa Rocha Pité, fez uma apresentação do percurso do avô, agradecendo o esforço das duas Câmaras Municipais e das duas freguesias nesta homenagem.
Foi ainda apresentado um filme sobre a vida e a obra de Cunha Leal e inaugurada uma exposição bibliográfica, que está patente na sede da Junta de Freguesia de Pedrógão de São Pedro.