Já arrancou o projeto RuralTHINGS, desenvolvido pela Universidade da Beira Interior (UBI), que pretende criar um sistema para monitorizar a saúde e bem-estar em áreas remotas com Internet das Coisas (IoT). O programa vai ser testado em 10 habitações dos concelhos do Fundão e Pinhel.
O RuraLTHINGS foca-se na investigação e desenvolvimento de um ecossistema de soluções baseadas no paradigma de IoT, a aplicar em zonas rurais e remotas.
O arranque do projeto reuniu elementos da equipa de investigação e os representantes dos municípios parceiros, onde o “Sistema Inteligente para Monitorização da Saúde e Bem-Estar em Áreas Remotas com IoT” vai ser aplicado durante a fase de teste.
Fundão e Pinhel vão beneficiar de dados sobre as condições de habitabilidades das populações, sendo que o teste-piloto abrange 10 habitação de cada território, “colocando o estudo num elevado grau de ligação à comunidade envolvente da UBI”, refere a instituição em comunicado.
Nas habitações que farão parte do projeto vai ser monitorizada, em tempo real, a presença de níveis perigosos de monóxido e dióxido de carbono, gás radão e outras substâncias nocivas. O objetivo é proteger a saúde dos moradores dessas regiões, contribuindo para a prevenção de doenças, como o cancro do pulmão.
Com o Fundão, esta não é a primeira experiência no âmbito da monitorização residencial e no encontro, o representante da autarquia Ricardo Gonçalves agradeceu a nova participação.
Para a Câmara de Pinhel, este é um projeto de “grande pertinência”, uma vez que os resultados “podem contribuir para uma nova perspetiva” sobre a prevalência de doenças oncológicas.
Com um investimento de cerca de 250 mil euros, o projeto tem a duração de três anos e é composto por uma equipa multidisciplinar, com investigadores dos departamentos de Física, Engenharia Civil e Arquitetura e Informática.