O movimento civil Ação Floresta Viva, composto por moradores e cidadãos preocupados com a preservação da Serra da Estrela, lançou um plano de ação contra a proposta de expansão da Mina dos Alvarrões para mais de 32 hectares. Além de uma consulta pública participativa e uma petição online, o plano engloba três sessões informativas nas aldeias que poderão ser afetadas pela expansão mineira.
Formado em 2022 como resposta aos incêndios que devastaram o Parque Natural da Serra da Estrela, o movimento Ação Floresta Viva vem, em comunicado, posicionar-se “firmemente” contra a ampliação da área de exploração mineira pela Sociedade Mineira Carolinos Lda., que pretende expandir as suas operações para mais de 32 hectares.
O grupo avança desde logo que não é “intrinsecamente contra a exploração mineira”, mas opões à expansão por vários motivos. Entre eles a ilegalidade da operação atual da mina, que terá já mais 6 hectares do que o previsto e “falsidades em documentos oficiais”; a poluição dos cursos de água que alegadamente já estará a acontecer; a falta de reabilitação paisagística; a inadequação do Estudo de Impacto Ambiental e o impacto negativo no turismo e na economia local.
Em comunicado, o movimento destaca ainda a “ameaça às iniciativas de reflorestação” naquela área que “está situada sob a Reserva Ecológica Nacional (REN) e dentro do Geopark da Serra da Estrela”.
Para mobilizar a população para a mesma causa, o Ação Floresta Viva está a promover uma consulta pública participativa onde qualquer cidadão pode manifestar a sua discordância, e uma petição online. Com o intuito de sensibilizar e informar os habitantes das aldeias que “poderão ser afetadas pela exploração mineira”, o movimento realiza três sessões informativas.
A primeira tem lugar já esta quinta-feira, na Escola Primária do Seixo Amarelo, às 17h00. As seguintes decorrem na junta de freguesia de Gonçalo (21 agosto, 19h00) e na junta da Vela (31 agosto, 21h00).