Cerca de uma centena de pessoas associaram-se à celebração do 1º de maio no jardim público da Covilhã, convocada pela União de Sindicatos de Castelo Branco. No dia do trabalhador, a organização da CGTP-IN garantiu continuar a lutar pelos direitos dos trabalhadores do distrito, assumindo mesmo que a luta é “o caminho” para a valorização daquela classe.
A abolição das portagens nas autoestradas da Beira Interior, a gratuitidade total dos transportes públicos para os reformados e o aumento do subsídio de alimentação no sector têxtil foram as reivindicações pelas quais a USCB prometeu continuar a batalhar.
No discurso do 1º de maio o coordenador da União de Sindicatos, Sérgio Santos, diz não esquecer “o que foi prometido em campanha eleitoral” pelos vários partidos sobre a reposição das SCUT’s, reiterando que, perante “o que diz o programa de governo” já foi solicitada uma reunião conjunta com os ministros da Coesão Territorial e das Infraestruturas por se considerar que “estão reunidas as condições para a urgente reposição das scuts na A23, A24 e A25 e implementação do plano de mobilidade na Beira Interior”.
Sérgio Santos admitiu também “satisfação” pelo anúncio do presidente da câmara da Covilhã na redução dos passes dos transportes em 75% para os reformados, o que – diz – “só foi possível graças às negociações da USCB, Inter-reformados e associação de reformados com o município”. Ainda assim, a organização garante “não parar” com as negociações para “a total gratuitidade” daqueles serviços.
Quanto ao aumento do subsídio de alimentação de 2,5€ para 4,5€, luta do sindicato têxtil da Beira Interior, a USCB denuncia a “vergonha dos patrões” que “acham que já pagam muito”, apelando por isso aos trabalhadores têxteis que saiam à rua e lutem “por salários mais altos e melhores condições de vida”.
“Se existem avanços significativos na tecnologia, se existe cada vez mais capacidade de resposta às necessidades do povo, então esses mesmos avanços que revertam para os trabalhadores e não para meia dúzia que enche os bolsos à custa da exploração dos outros”, diz o coordenador da USCB, realçando que “a resposta a isto tudo está na capacidade de luta e resposta dos trabalhadores, desde o setor público ao setor privado”.
“A luta é o caminho, porque todas as conquistas foram alcançadas a pulso com unidade”, afirmava Sérgio Santos na intervenção dos 50 anos do primeiro 1 de maio celebrado em liberdade, na Covilhã, que apesar da chuva ainda conseguiu reunir perto de uma centena de pessoas. Para a USCB, “este é o caminho” para continuar as conquistas de abril, que “são também conquistas de maio”.