Depois de ter sido adquirida pelo grupo Valérius, na sequência do processo de insolvência iniciado em 2021, a fábrica de confeções sediada em Alcains, deve chegar ao final deste ano com um volume de faturação de cerca de seis milhões de euros, avança o jornal ECO.
Numa entrevista exclusiva ao jornal económico, o presidente do grupo Valérius, que no ano passado pagou 275 mil euros para ficar com o recheio da fábrica, propriedade industrial e intelectual da Dielmar, adiantou que, com cerca de seis milhões de euros de faturação, a empresa deve fechar o exercício anual com lucros, sendo que o objetivo, “neste momento é que ela não dê prejuízo” e atingir “no pico”, uma faturação a rondar os nove milhões de euros.
José Manuel Ferreira refere ao ECO que, atualmente, a Dielmar soma cerca de uma dezena de clientes, com “dois ou três” antigos compradores, e chega a produzir até 200 fatos por dia.
“Apenas 5% estão a ser vendidos com a marca Dielmar, já que o grosso da produção assenta no modelo de private label e é exportado para clientes dos EUA, Canadá e Alemanha”, avança o jornal económico.
Uma das ações desde a aquisição do Grupo Valérius foi também o rebranding da marca, com o lançamento das primeiras peças de raiz. Um exercício que também levou a um reposicionamento de segmento e de preço, para mais baixo, mas que “a prazo, pode valer 40% das vendas”.
A expetativa agora é “chegar aos 280 fatos por dia daqui a algum tempo” refere o presidente da Valérius, contando com o “aproveitamento da capacidade e experiência” dos cerca de 200 trabalhadores. Destes, “perto de 80% estavam antes na empresa”.
Recorde-se que a empresa Dielmar abriu o processo de insolvência em 2021, depois de ter deixado dívidas no valor de 18 milhões de euros. Oito milhões ao Estado; seis à banca; 2,5 milhões a fornecedores e 1,7 à Segurança Social.
Com cerca de dois milhões investidos pelo grupo Valérius, para além dos iniciais 275 mil euros, a empresa de confeções sediada em Alcains desde 1965, termina o ano de 2023 com números positivos e boas perspetivas para o futuro.