O grupo parlamentar do Partido Socialista vem, em comunicado, lamentar que o actual governo tenha chumbado uma proposta de alteração ao orçamento de estado para 2025 onde estavam previstas diversas medidas de promoção e desenvolvimento do interior.
De acordo com o PS, essa proposta apresentava medidas concretas “nomeadamente melhorias nas acessibilidades, na mobilidade, no emprego e no reforço das escolas e instituições de ensino superior”, mas que “foram chumbadas por PSD, CDS e Chega” na votação do orçamento de estado na especialidade”.
Nuno Fazenda, deputado do Partido Socialista eleito pelo distrito de Castelo Branco na Assembleia da República afirma que “o interior não é uma prioridade no orçamento do Estado para 2025, não apresentando uma visão estratégica, nem medidas estruturantes para o interior do país. Pelo contrário. Há mesmo retrocessos”, acrescentando que o actual governo “chumbou a proposta do Partido Socialista, que visava a continuidade do programa de valorização do interior”.
A proposta do Partido Socialista pretendia também promover a economia e o investimento “nomeadamente através da definição de instrumentos que promovam a captação e o apoio ao investimento no interior”; a valorização do território e do património natural, as acessibilidades e mobilidade, o emprego e a solidariedade social, “desenvolvendo políticas activas de apoio ao emprego e à contratação dirigidas ao interior e concretizando investimentos e medidas de solidariedade e inovação social” bem como a garantia de “apoios reforçados à deslocação de estudantes que frequentam instituições de ensino superior sediadas no interior”.
O PS considera ainda “grave” é que o relatório do orçamento de estado para 2025 descreva a promoção de “novas medidas para o interior, incluindo o plano de revitalização da Serra da Estrela, com uma verba de um milhão e meio de euros” quando o mesmo documento “aprovado em resolução do conselho de ministros pelo anterior executivo tinha afecto um montante de 155 milhões de euros” considerando os socialistas que este é “um exemplo flagrante da falta de ambição do governo para o interior”.