Belmonte continua a esvaziar-se de serviços e a perder postos de trabalho, acentuando as consequências das políticas centralistas que abandonam o interior, refere a estrutura daquele concelho do Partido Comunista Português.
O PCP afirma ter tomado conhecimento que o banco Santander decidiu encerrar definitivamente o seu balcão em Belmonte, no próximo dia 14 novembro, estando os clientes a ser informados que, a partir dessa data, terão que se deslocar a outra localidade para atendimento presencial.
Em nota enviada aos órgãos de comunicação social, os comunistas lembram que na última década, a vila de Belmonte passa de seis instituições bancárias para duas. A este encerramento acresce o fecho do balcão da Caixa de Crédito Agrícola, em Caria.
“Sabemos que o principal de objetivo de um banco privado é servir os seus donos, ou como é moda dizer nos dias de hoje, os seus acionistas. O serviço público deve ser proporcionado pelo banco público, a Caixa Geral de Depósitos, e é isso que devemos exigir aos nossos governantes”, sublinha o PCP.
Para a estrutura concelhia de Belmonte do Partido Comunista Português, a saída de um banco privado de Belmonte não é em si um acontecimento negativo, “mas é um péssimo sinal quanto ao estado da economia no concelho, ou seja, os belmontenses já não têm dinheiro disponível, em quantidade suficiente, para assegurar a rentabilidade e os lucros dos bancos privados”.
O encerramento dos bancos são sinais que demonstram o definhamento e a falta de qualidade de vida deste concelho.
No caso em análise, é o banco mais antigo instalado em Belmonte e esta decisão “vai criar mais dificuldades e prejudicar as pessoas que dependem desses serviços para realizar operações bancárias do dia a dia, como depósitos, levantamentos e outros serviços financeiros”.
O PCP apela às entidades competentes para que desenvolvam as iniciativas necessárias para garantir que estes serviços bancários sejam mantidos no concelho onde a população tem dificuldades reais de deslocação, com custos
bastante elevados e sem transportes públicos adequados.
“Nos dias de hoje, os serviços bancários são serviços essências ao bem-estar da população e devem
ser encarados como tal, serviço público!”, conclui.














