A direcção da organização regional de Castelo Branco do PCP vem, em comunicado, afirmar que uma década depois da apresentação do plano de acção de mobilidade urbana sustentável por parte da comunidade intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela “ainda nada tenha sido feito para promover a existência de serviços de transporte público de qualidade e adequados à procura”. A questão foi analisada no decorrer da última reunião daquele organismo que teve lugar na Covilhã.
O PCP congratula-se com “a luta da população da Covilhã contra o aumento do preço dos transportes públicos urbanos, que obrigou a autarquia a recuar, na área da cidade”, mas sublinha que no restante concelho, onde a autoridade de transportes é a CIM “se mantém um aumento de 20 por cento e o preço que os utentes dos transportes têm de pagar é absolutamente insustentável”.
A direcção da organização regional de Castelo Branco sublinha que “os problemas do distrito vão muito além da questão dos preços”, apontando que “o sistema de transportes inter e intra concelhios, para além de ser caro, é insuficiente, desarticulado e não responde às necessidades das populações, que tem de muitas vezes recorrer ao transporte individual, contribuindo dessa forma para a desertificação das freguesias”.
Com o aproximar das eleições autárquicas “é novamente feita a promessa do lançamento do metro de superfície entre a Covilhã e o Fundão, para começar a funcionar até ao Verão”. O PCP recorda que há muito que defende “a criação de ligações ferroviárias regulares, rápidas e frequentes no eixo entre Castelo Branco e Guarda” mas que “só terá sucesso se der uma resposta adequada às reais necessidades e se interligar com os restantes sistemas de transportes públicos, o que implica a sua completa reformulação”.
Nesta reunião, a direcção da organização regional de Castelo Branco saudou ainda o fim de cobrança de portagens na A 23 e volta a reivindicar “a urgência da concretização de outras ligações, nomeadamente do IC6, com túnel em Alvoaça, e do IC31, com perfil de autoestrada e sem portagens” e também “a requalificação do IC8 que são “vias fundamentais para atenuar o isolamento do distrito e combater os efeitos da interioridade”.