A direcção da organização regional de Castelo Branco do PCP acusa o governo do Partido Socialista de convergir com as políticas de direita e de prosseguir “com o encerramento de importantes serviços públicos no interior do país”. Um caminho que “abre caminho à privatização e garante o lucro dos principais grupos económicos”.
De acordo com o PCP, a região “com uma economia débil e com preocupantes índices de envelhecimento e desertificação sofre com uma política de esbulho dos serviços públicos” deixando como principais exemplos dessa política “a manutenção das portagens nas antigas scuts, a transferência do ministério da agricultura para as CCDR, e da recente notícia do encerramento da conservatória do registo civil, predial, comercial e do cartório notarial de Penamacor que vai fechar portas devido à falta de recursos humanos”.
A direcção da organização regional de Castelo Branco acrescenta que “também a entidade reguladora da saúde identificou, através de um estudo, uma posição de monopólio da oferta hospitalar privada em cinco concelhos do país, entre eles Idanha-a-Nova e Penamacor”. Um estudo que concluí que as famílias “gastaram 1043 milhões de euros em hospitais privados, o dobro do que gastaram em 2011”.
Para o PCP, o governo “através dos seus meios de propaganda cria a ilusão da defesa do interior e vão anunciando medidas que nunca chegam a terreno” recordando que o PS, PSD, a Iniciativa Liberal e Chega “votaram contra as propostas do PCP de justiça fiscal, há cerca de um mês e que, a ser aprovadas, diminuíam os impostos sobre todos os trabalhadores e os reformados, reduziam o IVA na electricidade, gás e telecomunicações, taxavam os grupos económicos e a especulação”. Uma opção que permitiria “libertar verbas para o reforço dos serviços públicos”.
De acordo com a direcção da organização regional de Castelo Branco estas opções pretendem garantir que “os grupos económicos paguem ainda menos impostos e ao mesmo tempo criar condições para que ganhem ainda mais com o negócio da saúde ou da educação, que o estado deixaria de garantir a todos”.