O presidente da concelhia do PSD de Belmonte desafia a distrital social democrata a apresentar qual a estratégia desenhada pela comissão política distrital para o próximo processo autárquico naquele município. Numa carta aberta enviada aos órgãos social democratas, Olivier Soares mostra-se agastado com a reprovação do nome de Germano Fernandes para encabeçar a lista à autarquia.
Nesta missiva, Olivier Soares recorda que a escolha de Germano Fernandes foi feita por larga maioria pela comissão política em Março deste ano, tendo decorrido dois meses “sem que a comissão política distrital desenvolvesse qualquer iniciativa, analise e decisão positiva ou negativa da proposta apresentada”, o que classifica como “um caso único a nível nacional”.
O líder da concelhia sustenta que o nome de Germano Fernandes teve parecer negativo por parte da assembleia de militantes “mas é à comissão política, de acordo com os estatutos do PSD, que compete a indigitação dos candidatos”.
Olivier Soares acrescenta que, em conversas com o líder da distrital “foi apresentado o nome de António Cardoso Marques como um possível candidato” tendo o próprio referido que “nunca abdicaria de acumular a função autárquica com a função de docente na UBI e que não aceitava perder rendimento”.
Nesta carta, o presidente da concelhia do PSD de Belmonte afirma ainda que “na presente do presidente da comissão política distrital, António Cardoso Marques assumiu ter feito um pacto com o presidente da camara municipal de Belmonte a troco de apoios financeiros para a instituição que liderou (centro de assistência paroquial de Caria) até Fevereiro de 2025.
Olivier Soares afirma que “ao adiar a discussão e votação da proposta da concelhia”, a distrital do PSD foi “desrespeitosa com a secção e sobretudo para com o candidato proposto, que está a ser cozido em lume brando”. Situações que “prejudicam a imagem das pessoas envolvidas, Belmonte e o PSD”.
Atendendo a esta situação, o líder da concelhia desafia a distrital social democrata a apresentar “a sua estratégia para o processo autárquico de 2025”, bem como se “considera a secção de Belmonte como um órgão legítimo do PSD porque a tem vindo a ignorar” e se pretende que a concelhia “tenha apenas um papel de subserviência em relação à distrital”. Um comportamento que o órgão liderado por Olivier Soares não aceita “face às consequências negativas para o PSD e para o concelho de Belmonte e sempre favorável a outras candidaturas”.
