José Mendes, presidente do Sporting da Covilhã, em declarações ao jornal “Correio da Manhã”, afirmou este fim de semana que “os leixonenses entregaram na Liga uma declaração a atestar que não tinham ordenados em atraso, o que não corresponde à verdade, falhando assim, um dos pressupostos essenciais, para se inscreverem na II Liga”, disse o líder dos serranos.
O dirigente dos leões da serra acrescentou mesmo que “o Leixões entregou um documento falso, que atestava a não existência de dívidas salariais a jogadores”. O Sp. Covilhã, inclusivamente, já avançou na passada segunda-feira, 10 de julho, com uma providência cautelar no TAD (Tribunal Arbitral do Desporto), em que pede que a Liga seja “intimada a chumbar a candidatura do Leixões e dê cumprimento aos regulamentos, começando por chamar o clube que ficou em 16º lugar na época passada, a B SAD”.
De acordo com o clube serrano, em causa está o jogador Zé Andrade, que ao contrário do que constava na lista leixonense, como tendo a situação salarial regularizada, mas não estava. Os covilhanenses garantem ter documentos que provam que tal “não corresponde à verdade”, afirmou ao jornal.
José Mendes disse ainda que “a dívida passava dos 4 mil e 500 euros, e estava relacionada com a época 2022-23, na qual o Leixões não podia inscrever jogadores, de acordo com a FIFA, Liga Portugal e FP Futebol”. Mendes adiantou ainda que “o Leixões, mesmo com o prazo dado pela FIFA, de 45 dias, para regularizar a situação, não o fez, e o jogador continuou sem receber e o jogador reclamou. Apesar de tudo isso, a Liga aceitou a inscrição do Leixões. No dia 10, o clube foi notificado da providência cautelar do Sp. Covilhã e sabemos que nesse mesmo dia (às 16h26), por transferência bancária, pagaram logo os ordenados em atraso ao futebolista (€4630,34), e sabemos, porque o jogador foi notificado pela FIFA. Tudo isto prova que o Leixões, não cumpriu um dos pressupostos essenciais para que pudesse participar na II Liga, na época 2022-23. Por isso, espero que Pedro Proença, presidente da Liga, não pode continuar impávido e sereno, com uma situação tão grave, pois se o fizer, está a pactuar com uma falcatrua. Não adianta escudar-se na comissão independente, que validou a inscrição do Leixões – agora é a Liga que está a responder no TAD”, concluiu José Mendes, que reforçou que, todos os documentos que comprovam o que diz, foram enviados para a Liga, e fazem parte do processo da providência cautelar interposta no TAD.
Enquanto aguarda pela decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, o Sporting da Covilhã continua a preparar a participação na Liga 3, época 2023-24. O Leixões Sport Clube, continua a referir que ” o clube remete a resposta às acusações de José Mendes, para um comunicado emitido no passado dia 10, na qual se pode ler que em causa está uma “tentativa de assalto a um lugar que não pertence aos serranos, e que poderão inclusivamente ser alvo de um processo judicial”, afirmou André Castro, presidente do clube nortenho, também ao Correio da Manhã.