Um grupo de 84 sócios do Sporting da Covilhã publicou uma carta aberta onde manifesta a sua oposição à proposta de venda do silo auto do clube. A proposta vai ser debatida na assembleia geral que está agendada para o próximo dia 19.
De acordo com este grupo de associados o silo auto “é uma parte importante do que resta do património do clube que está actualmente a ser rentável”. O clube recebe 50 mil euros anuais pela cedência à câmara da Covilhã. Um protocolo que tem uma duração de oito anos e que pode ser renovado por mais uma década “o que pressupõe um montante global de 900 mil euros”.
Os associados consideram que as obras de requalificação que são exigidas legalmente para que a estrutura possa voltar a funcionar “foram assumidas pela câmara da Covilhã”, remetendo para o concurso público que já foi lançado com um preço base de 300 mil euros.
O grupo refere que “a venda de património para a construção da academia carece de mais informação” sublinhando que “não foi apresentado o plano de negócios, o valor do investimento, como vai ser financiada e orçamento de funcionamento. Não se conhece o plano de construção e ainda não existe uma clarificação sobre os terrenos” num processo que envolve o clube, a câmara da Covilhã e a universidade da Beira Interior.
Os associados consideram “evidente que o clube precisa de melhorar as condições de treino pelo que é necessário um trabalho estruturado, sério e sólido para a construção da academia”, sustentando que “com as dificuldades de tesouraria que conhecidas, corre-se um elevado risco que a receita da venda do silo venha apenas a suprir a diferença entre despesas e receitas correntes da actividade”. Uma situação que pode deixar o Sporting da Covilhã “sem dedos nem anéis”.
Nesta carta aberta é ainda afirmado que “não é a primeira vez que uma direcção propõe a venda do silo auto”. Uma proposta que já foi “rejeitada pelos sócios” tendo a história demonstrado que “foi a melhor opção, porque esse património gerou receitas fundamentais para o Sporting da Covilhã”.