São mais de 400 páginas que contam a história do Teatro das Beiras através, sobretudo, de imagens, mas também de textos. O lançamento do livro, marcou o dia em que o Teatro das Beiras assinalou o seu quinquagésimo aniversário.
Na apresentação da obra, que Fernando Paulouro considerou “fundamental e imprescindível para se perceber como foi a cultura na Covilhã e, sobretudo, no Teatro das Beiras nestes 50 anos”, o escritor elogiou a companhia aniversariante, “uma referência imprescindível no mundo cultural”.
O livro, de 403 páginas, é centrado na atividade de criação e programação do GICC, enquanto companhia amadora, e do Teatro das Beiras enquanto companhia profissional, como referiu Luís Mouro, responsável pela compilação, que chamou ainda a atenção para os textos que fazem “o enquadramento do que foi a atividade desta companhia e o que significou esta mudança no panorama cultural português pós 25 de abril.”
O Diretor Geral das Artes, Américo Rodrigues, enalteceu o papel do Teatro das Beiras, “um exemplo” e um “farol” nesta longa trajetória de divulgação de grandes autores, mas também encenadores, atores e de todos os que passaram pela companhia que é também “um símbolo de resistência e de resiliência, eu conheço muito bem as dificuldades de trabalhar a partir de cidades como a Covilhã e sei muito bem do esforço que o teatro fez e com certeza continua a fazer, para criar.”
Visivelmente emocionado, Fernando Sena, lembrou os fundadores, aqueles que fizeram a história do Teatro da Beiras e agradeceu ao público a presença e os aplausos das últimas cinco décadas.
A homenagem a Fernando Landeira foi outro momento marcante do aniversário do Teatro das Beiras que deu o seu nome ao auditório da companhia. Uma decisão que já estava tomada e que foi guardada para o aniversário, como referiu, no final, à comunicação social, Fernando Sena, o diretor do Teatro das Beiras.
“O Fernando, na verdade, foi um ator carpinteiro, deu tudo o que podia e o que não podia ao Teatro das Beiras construindo personagens inesquecíveis, portanto, é mais do que justo que o auditório passe a ter o nome dele.”
Fernando Landeira partiu em março de 2022 e esteve, durante 18 anos, ligado ao Teatro das Beiras. A partir de agora será lembrado sempre que um espetáculo subir ao palco do auditório com o seu nome.
