Depois da freguesia de Verdelhos, o bairro do Belozêzere, no Tortosendo, é o próximo a iniciar a campanha de recolha de biorresíduos da Águas da Covilhã (ADC). O bairro recebeu, esta quinta-feira, os contentores domésticos para começar a separação de resíduos orgânicos. O objetivo do projeto-piloto, que está na sua fase inicial, é chegar a 18% da população do concelho e recolher 200 toneladas anuais.
A empresa municipal Águas da Covilhã (ADC) deu mais um passo na implementação do programa “RecolhaBio”, incluído no projeto “Covilhã Sustentável”.
Depois de arrancar junto dos grandes produtores da cidade, a campanha da ADC passa agora para uma fase domiciliária, começando pela freguesia de Verdelhos e esta quinta-feira, Tortosendo.
Para o presidente da junta, trata-se de um programa “importante” para trabalhar um “concelho mais sustentável”, sendo “mais uma forma de tornar limpa a freguesia e a Covilhã”. David Silva está convicto de que a população está “sensibilizada para o tema e por isso a resposta a este novo projeto vai ser positiva”.
Um projeto de recolha “de proximidade” que visa aumentar a reciclagem do lixo orgânico, através da sua recolha seletiva. O presidente da ADC explica que são distribuídos para cada domicílio um kit com um balde sete litros e sacos biocompostáveis, mediante a apresentação de um voucher, disponíveis nas instalações da junta ou num dos pontos de atendimento da empresa ADC.
As pessoas que o tiverem “vão fazer a colocação dos biorresíduos dentro do balde, colocando depois num contentor específico da sua proximidade que a ADC depois recolhe, tal como já acontece neste momento com o papel, cartão, vidro. Passa a ser mais uma linha de produção seletiva”.
De acordo com João Marques, o objetivo final é “valorizar” os resíduos orgânicos, passando a fazer parte de um composto para ser reutilizado “para fins de agricultura, jardinagem”. No fundo, “retirar todos os biorresíduos de aterro, onde normalmente são tratados, o que é um desperdício”.
A meta é “abranger cerca de 18% da população” e chegar às “200 toneladas ano”, embora o objetivo é que o projeto ganhe “maior dimensão”.
Para já, “está a correr muito bem”, avança o responsável. “Aquilo que tem sido entregue do ponto de vista do biorresíduo tem sido algo altamente com qualidade, ou seja, as pessoas sabem fazer essa separação correta e quando é entregue na Resistrela, vai em conformidade com os critérios de biorresíduo”.
Ainda assim, a “Águas da Covilhã” compromete-se a realizar ações de sensibilização e acompanhamento, de modo a incentivar a adesão e a correta separação dos resíduos.
Financiado pelo Fundo Ambiental em cerca de 200 mil euros, o projeto vai ser alargado às freguesias de Cortes do Meio e Paúl, bem como a outros bairros urbanos do município.
Apesar de se tratar de um projeto-piloto, a ideia é continuar a desenvolver este tipo de recolha, o que se pode traduzir num reforço de investimento da ADC em novas linhas e equipamentos de recolha.