Já foi lançado o concurso público para a nova Unidade de Cuidados Continuados (UCC) da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, que vai ser construída nos terrenos que existem junto à atual. Segundo o provedor da instituição os “prazos são apertados” e a empreitada terá de estar concluída em junho do próximo ano. Lançada por mais de 5,5 milhões de euros, trata-se da “maior obra” da Misericórdia fundanense que vai, não só reforçar a atual Unidade de Cuidados Continuados, com mais 10 camas de longa duração, como também criar três novas respostas, nesta área.
Em entrevista ao programa “Flagrante Direto” da RCB, Jorge Gaspar confirmou o lançamento do concurso público, “na semana passada”. Com um custo global próximo dos 7 milhões de euros, incluindo o equipamento, a obra vai ser financiada pelo PRR, terá uma comparticipação de meio milhão de euros da Câmara do Fundão e obrigará a instituição a contrair um empréstimo de mais de dois milhões de euros.
Para além da aprovação de mais 10 camas de longa duração, que vão aumentar para 40 esta resposta que já existe na atual Unidade de Cuidados Continuados da instituição, o novo edifício vai ter três novas respostas nesta área.
“Foram-nos aprovadas 30 camas de uma resposta que não tínhamos que é a convalescença, que é o primeiro estádio dos cuidados continuados”. Foram ainda aprovadas 10 camas para cuidados paliativos moderados que, segundo o provedor, destinam-se a “pessoas que precisam de cuidados paliativos, que não estão numa situação terminal, mas que precisam de cuidados especializados nessa área”.
A terceira nova resposta que funcionará no novo edifício, é uma unidade de dia e promoção da autonomia, “que creio, no país, existe apenas uma” e que se destina a pessoas que “não carecem de ficar as 24 horas na unidade, que carecem de tratamentos, seja de enfermagem, fisioterapia, terapia da fala ou qualquer outra terapia, que vêm de manhã e vão ao fim do dia, ou só de manhã, ou só à tarde, dependendo dos tratamentos que estão a fazer”. É, de todas as respostas, a única que não funciona em regime de internamento.
Esta nova UCC vai obrigar à contratação de mais profissionais, sobretudo na área da saúde, “vai haver um grande reforço ao nível de equipas médicas, de enfermagem, de fisioterapia, de outras terapias, da fala, ocupacional, psicologia, mas também ao nível de assistentes socias, uma equipa multidisciplinar que vai ser muito reforçada.”
Segundo o provedor, quando este investimento e todos os que a Misericórdia tem no terreno, nesta altura, estiverem a funcionar, o quadro de pessoal da Santa Casa da Misericórdia do Fundão passará dos atuais 420 para mais de 500 funcionários.