Depois de várias sessões camarárias sem a presença da oposição, os vereadores do movimento “Abraçar Penamacor” regressaram esta sexta-feira às reuniões públicas do executivo. O protesto, motivado pela ausência de um gabinete destinado aos eleitos da oposição, terminou com a apresentação de uma nova proposta por parte dos próprios vereadores, que será agora avaliada pelo presidente da câmara.
Chegou hoje ao fim o protesto da oposição na Câmara Municipal de Penamacor. Nos últimos meses, os vereadores do movimento “Abraçar Penamacor” reivindicaram a atribuição de um gabinete no edifício dos Paços do Concelho, após o espaço anteriormente ocupado ter sido transferido para um local “sem condições adequadas”, de acordo com a oposição, devido à necessidade de acomodar novos funcionários contratados pelo município.
Aos jornalistas, o vereador Filipe Batista explicou que, na última reunião privada, propôs uma nova solução ao executivo.
“Não faz sentido eu, enquanto funcionário e enquanto vereador, ter dois gabinetes neste edifício. Então propusemos que ficasse apenas um gabinete afeto à questão laboral e que servisse também para a vereação, arranjando depois mais uma secretária para a vereadora Paula Crucho”, avançou o eleito da oposição, afirmando que “é altura de pormos ponto final neste assunto que não abona”.
A proposta, no entanto, ainda vai ser avaliada pelo executivo e, de acordo com o presidente da Câmara, na reunião desta sexta-feira, “brevemente”.
Mas o eleito de “Abraçar Penamacor” adianta, desde já, que se a situação não for resolvida, vão levar o assunto “até às últimas consequências”, nomeadamente “participação ao Ministério Público, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Castelo Branco”.
E diz mais: “Nós achamos que é uma forma clara de nos criar obstáculos ao desempenho da função, mas, mais tarde, julgo que todos perceberão o porquê do presidente nos ter tirado o gabinete no início de agosto. Para já não quero avançar com mais declarações, mas esses esclarecimentos serão avançados em altura oportuna”.
Recorde-se que o protesto do movimento “Abraçar Penamacor” começou em agosto de 2024, quando Filipe Batista e Paula Crucho decidiram não participar em mais nenhuma reunião enquanto não tivessem um gabinete de apoio. Apesar do regresso às sessões, a oposição mantém-se firme na sua exigência.