O município da Covilhã, em parceria com a UBI e outras entidades, nomeadamente a empresa JGomes, vai avançar com uma candidatura para, em 2025, instalar naquele concelho um centro integrado para a valorização e tratamento de resíduos têxteis.
O anúncio feito pelo vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã no encontro Ciência e Inovação da UBI. José Armando Serra dos Reis afirma que o objetivo é que “a Covilhã seja o grande centro de recolha, de seleção e de transformação e adaptação, na reutilização de tecidos”, sobretudo numa altura em que a legislação comunitária determina a obrigatoriedade da recolha seletiva a partir de 2025.
“O centro integrado para a valorização e tratamento de resíduos dos lanifícios é muito importante para nós porque a partir de 2025 ninguém pode deitar fora resíduos têxteis. Não podem ser queimados nem levados para o aterro e daí que nós queremos que em 2025, a Covilhã seja o grande centro” de valorização de resíduos têxteis, afirmou o autarca dando conta de que este se trata de um projeto em parceria com a Universidade da Beira Interior e outras entidades, como é o caso da empresa JGomes, sediada na Covilhã.
“É uma empresa já com muita experiência nesta matéria e anda a ser aliciada por outros municípios para a criação deste grande centro e nós, com a ajuda da UBI, queremos que ela continue connosco”, destaca Serra dos Reis confirmando que já foi realizada uma reunião entre as entidades envolvidas no sentido de elaborar uma candidatura para a criação deste centro.
Este é um dos dois centros integrados que Serra dos Reis considera “fundamental” criar na região. Outro, é o centro integrado para a transformação dos resíduos industriais extrativos do couto mineiro, de modo a transformar as escombreiras numa “oportunidade para o desenvolvimento” das minas de volfrâmio.
“Já estamos a trabalhar com o município do Fundão nos primeiros empreendimentos que apostem no futuro do couto mineiro, como princípio para uma nova forma de reutilizar e reinventar e daí precisamos do trabalho da UBI para que as escombreiras resultem em materiais de construção diversos e aproveitamento próprio para aí atrairmos empresas para, com essa matéria prima, transforma-la em produtos renovados e acabados para serem utilizados e reutilizados”, aponta.
Projetos desenvolvidos com a ajuda científica da Universidade da Beira Interior, apresentados no primeiro encontro de Ciência e Inovação, e que o vice-presidente da Câmara da Covilhã considera “necessário”.