O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) aponta o dedo ao provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF) por não responder aos ofícios daquela estrutura sindical, desde novembro de 2024, acrescentado que Jorge Gaspar não está a cumprir a lei. À RCB, o provedor da instituição fundanense desmente o SEP e admite estranheza na postura do sindicato.
O SEP acusa o provedor da SCMF de não disponibilizar espaço para reunião com os enfermeiros, mas também de não responder aos sucessivos pedidos de reunião do sindicato, o último dos quais em 18 de Novembro de 2024.
Em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, o SEP afirma que o responsável máximo da IPSS do Fundão “ao não estar a cumprir a Lei e o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) do sector, desta forma pretende condicionar o esclarecimento dos Enfermeiros da instituição e a salvaguarda das suas condições de trabalho e dos seus direitos laborais”.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses salienta que a Misericórdia do Fundão não aplica em várias matérias o CCT, dado que não garante as condições de trabalho que aí estão regulamentadas, assim como na lei, “tal como pretende impor decisões à margem da legislação, que geram prejuízos económicos e riscos para os enfermeiros”.
“Com estas atitudes, a Misericórdia do Fundão tem originado insatisfação profissional, gerando instabilidade laboral com uma consequente elevada rotatividade de enfermeiros”, sustenta o SEP que anuncia ainda ter pedido a intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho e vai avaliar com os enfermeiros decisões a tomar.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão rejeita liminarmente que a instituição que dirige não esteja a cumprir a lei e garante que no dia 28 de janeiro de 2025 respondeu a um ofício enviado pelo SEP. “Parece que o SEP quer abrir uma guerra com a SCMF” estranhando esta postura da estrutura sindical.
Oiça as declarações de Jorge Gaspar à RCB